terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cafezinho, pão quente e muitos amigos...

  1. Dias desses lendo o blog de um amigo, ainda virtual, no qual continha uma matéria intitulada "Está faltando pão quente", confesso que fiquei um tanto quanto incomodada, por saber que ele acertará em cheio ao dizer que: Um blog é igual uma padaria. Precisa ter pão quente. Padaria sem pão… quebra. Blog sem post novo não é blog. Não desperta interesse. Perde leitores.(NEZO, 2012).
  2. Pensando nesse "puxão de orelha", resolvi manter uma regularidade neste meu tímido, ainda, blog, pra chamar meus amigos pra discutirmos assuntos relacionados ao campo educacional.
  3. Estive em Lobato contribuindo para com a formação continuada das Educadoras Infantis e das Serviços Gerais daquela cidade. Fiquei impressionada com a participação, a receptividade e a organização da equipe diretiva da secretaria de Educação. 
  4. Parabéns a todos e a todas que procuram uma educação de qualidade.
  5. Amanhã teremos a grata participação de Regina Shudo na abertura dos trabalhos do ano letivo em nossa rede municipal de Ensino. Pós-graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá-PR. Professora de Educação Infantil e professora universitária do curso de Pedagogia. Autora de livros didáticos infantis, ministra cursos e palestras por todo o Brasil e presta consultoria pedagógica a diversas instituições de ensino pela FTD.
  6. É um momento de encontro com amigos, conversas e conhecimentos que alimentam até a alma.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Desejos e mais desejos

Hoje acordei assim...
Cheia de desejos...
Então vamos lá...
Desejos

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Carlos Drumond de Andrade.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Analisando, Analgésicos e Anas

Era professora. Sonho realizado. E, como todos dessa área, Ana tinha dupla jornada para ajudar na renda familiar. Amava a profissão. Sempre sonhou em ser professora. Não uma professora qualquer, mais a melhor professora que poderia ser.
Quando adolescente foi costureira. Embora costurasse a ideia de um dia ser professora. Ensino médio: magistério, pedagogia, enfim a sala de aula.
Sua primeira turma era de um bairro carente. Carente, não só de roupas e comida, mais de amor. E, amor é o que nossa professora mais tinha pra dar.
O susto foi grande já que a prática é bem diferente do que a teoria prega. Numa manhã gelada viu uma criança chegar de bermuda e chinelos. Como poderia aplicar uma atividade vendo aquela criança tremer de frio? Isso a fez lembrar que seus filhos estavam em casa, agasalhados. Na escola, o melhor que poderia fazer era cobrir a criança com uma manta e emprestar roupas de um dos colegas de classe.
Outras "pegadinhas" faziam parte do cotidiano escolar. Em um dos projetos que realizou com as crianças, ficou sabendo que um cachorro comeu o livro que uma criança levou para ler com a família.
Pais preocupados com a educação dos filhos e pais que nem sabiam seu nome no decorrer do ano letivo, pois sequer vinham perguntar sobre o desenvolvimento de suas crianças.
Colegas de trabalho, ou melhor grandes amigas ela fez no percurso de sua carreira, Embora inimigas também, pois aquelas que não acreditavam e nem amavam a profissão, também têm aos montes. Uma vergonha, já que essas pessoas poderiam estar sendo felizes em outro lugar e não fazendo pessoas e principalmente crianças infelizes, com tanto mal humor.
Foi amada. ganhou flores, dentre elas muitas apanhadas no trajeto da casa da crianças até a escola. Em sua casa mantinha com zelo uma estante com miniaturas diversas, todas ganhas das crianças que atendia.
Chorava a cada despedida no final do ano letivo. Amava encontrar seus pequenos na feira, no supermercado. Ah, e como ela gostava de ser reconhecida depois de algum tempo sem vê-los.
Foram muitos momentos de alegria que marcaram a vida dessa professora. Acompanhar as crianças à primeira sessão de filme da vida delas foi um desses momentos. Vê-las com os olhos colados na tela, para quem assiste soa como algo normal, porém era fantástico, surpreendente.
Ana conheceu em suas andanças, uma auxiliar de serviços gerais que trabalhava na limpeza da escola. Uma senhora simples, sofrida, com pouco estudo e com uma alma sábia. Essa senhora tocava violão na igreja. Ana a convidou para tocar em uma reunião da escola. A valorização que Ana deu a essa senhora, valeu mais que os merecidos aplausos que ela recebeu.
Ana era assim. Uma pessoa que não fazia a diferença entre títulos e funções, adultos e crianças. Todos ela procurava atender e entender dentro de sua particularidade. Ela fez libras para se comunicar com uma criança que chegou a sua turma com significante perca auditiva. Encaminhava para pessoas que pudessem auxiliá-la em situações que ela não dominava, como na área de fonoaudiologia por exemplo.
muitos pais agradeciam a atenção que Ana destinava a seus filhos. Outros pais não, nem sequer respondiam seus apelos, dizendo que seus filhos não precisam de tal encaminhamento. O mais dolorido era que Ana acompanhava a vida escolar dessas crianças e percebia que suas suspeitas se confirmavam na 3ª ou na 4ª série quando as dificuldades de aprendizagem apareciam. Ai! Como doía. Mas Ana persistia e assim ajudou muitas crianças.
Ana, hoje aposentada, voltou a costurar, agora como passatempo. Continua costurando ideias. Ideias mais maduras. Sente falta da sala de aula e chora com saudade de seus pequenos. Mais sabe que sua missão continua nas professoras que começam a realizar o fazer pedagógico na sala de aula. Oportunidade que ela julga ser única, já que a educação infantil acontece apenas uma vez na vida das crianças.
Incentivar essa "novas" professoras com sua experiência, para que outras Anas possam ser encorajadas a realizar um trabalho de qualidade no atendimento de crianças, é o objetivo que Ana pretende atingir com suas intervenções.
Para ela, mais do que acreditar numa mudança na educação, é preciso que o educador acredite nele, na sua tarefa e na qualidade do seu trabalho. Para isso a formação continuada é algo que deve estar presente no cotidiano escolar constantemente, refletindo que um médico quando erra pode prejudicar um paciente enquanto que um professor pode prejudicar trinta ou mais crianças.
 
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sábado, 7 de janeiro de 2012

O começo de tudo amedronta

Todo começo nos causa um certo medo, um friozinho na barriga. Estou eu aqui abrindo meu blog com um texto pra convidar meus amigos, parentes, aderentes e curiosos a arriscar um pouco mais no debate do campo educacional.
Como professora a mais de 15 anos acredito que é meu dever, mais que cívico de devolver para a sociedade, que investiu em mim, já que sou formada em instituição pública, um pouco do que aprendi e apreendi ao longo desta caminhada.
Serão muitas as conversas e as trocas. Assim espero! Espero também contar com a critica, pois esta sempre nos serve como impulso para alavancarmos novos conhecimentos, bem como para rever velhos conceitos.
Seja todos e todas bem-vindos a este espaço.
Grande abraço
Eliana Moreira