sábado, 7 de abril de 2012

Semana Produtiva - Cheia de História


Com início das formações em serviço na Rede Municipal de Educação, pude perceber o quanto é gratificante o trabalho que realizo. Nas avaliações que entregamos no final da formação, para que os participantes nos avaliem, constatei que estou no caminho certo e, isso se consolidou com o elogio de uma historiadora, participante do evento, que elogiou em público o trabalho que realizamos.
Sabemos que temos muito ainda a ser melhorado, mas procuramos dar o melhor a cada formação. Nesta primeira oportunidade atendemos as professoras do 3º ano que, por ser um grupo grande, continuaremos a atender no dia 17. Este ano como trabalharemos por áreas, no meu caso com a disciplina de História, procurei fazer um retrato fiel da disciplina da História ao longo da História.
Parece redundante e, é! Mais muitos professores desconhecem esse cenário ao qual a disciplina de História foi criada e implantada. Neste sentido é importante destacar que:
não nos enganemos: a imagem que fazemos de outros povos, e de nós mesmos, está associada à História que nos ensinaram quando éramos crianças. Ela nos marca para o resto da vida. Sobre essa representação, que é para cada um de nós uma descoberta do mundo e do passado das sociedades, enxertam-se depois opiniões, ideias fugazes ou duradouras, como um amor [...] mas permanecem indeléveis as marcas das nossas primeiras curiosidades, das nossas primeiras emoções. (FERRO, 1983, p.11).
Aprender História frente a nossa linha teórica histórico crítica, implica: curiosidade, significância e contexto social. Assim, valorizar a curiosidade da criança, que por si só é investigativa e mostrar-lhes que os fatos tem significância e pertencem a um contexto social, podem em muito tirar a ideia errônea que muitos fazem acerca da disciplina, como dita do passado e só de memorização.
Apropriar-se de conhecimentos históricos tendo como ponto de partida o sujeito histórico, a criança, isto proporcionará, segundo Audigier (2001), um aprendizado de qualidade e valorização para com a disciplina, buscando em seu ensino a finalidade cultural de distribuir um saber, a finalidade intelectual, desenvolvendo o espírito crítico, a finalidade patrimonial de transmitir a memória coletiva fundadora de identidade e a finalidade cívica de formar um cidadão responsável e ativo.
Usamos inúmeras referências, que nos apoiaram teoricamente na faculdade de História. Em breve trarei mais relatos desse trabalho que venho desenvolvendo.

Referências:
COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução á ciência da sociedade. Editora Moderna , São Paulo, 1997.
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora & SCHIMIDT, Marlene Cainelli. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.
NEMI, Ana Lúcia Lana. ESCANHUELA, Diego Luiz & MARTINS, João Carlos. Ensino de história e experiências: o tempo vivido: volume único. São Paulo: FTD, 2010.
OLIVEIRA, Regina Ferreira de. História. IN: Ensino fundamental de nove anos : orientações pedagógicas para os anos iniciais - Curitiba, PR :Secretaria de Estado da Educação 2010.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Bia na África

Acabei de ler e passo a dica: Bia na África de Ricardo Dreguer.
O livro faz parte da série Viagens da Bia, que inclui também os volumes Bia na Europa e Bia na Ásia.
B i a , uma me n i n a d e a s c e n d ê n c i a a f r i c a n a , acompanha sua mãe, uma diplomata, quando esta é designada para trabalhar em Angola. A partir desse enredo, o autor desmistifi ca a visão estereotipada da África, que geralmente se resume a selvas, tribos, muitas guerras e miséria. Antes de chegar a seu destino, as duas visitam o Egito, onde constatam a infl uência árabe na religião,
na arquitetura, na língua, além de conhecerem monumentos que datam do tempo dos faraós.
Passando pelo Quênia, observam o contraste entre a grande capital, Nairóbi, e uma reserva de animais selvagens. Em Angola, onde mora durante um ano, Bia frequenta a escola, faz amizades e vai descobrindo outra cultura, mas também reconhecendo nossas raízes africanas em vários campos, tais como religião, dança, música, alimentação etc. Percebe que a língua, apesar de ser a mesma, é cheia de regionalismos. Percebe também a desigualdade social, tal como ocorre no Brasil.
Ao retornar ao Brasil, Bia sente-se enriquecida, sobretudo pela descoberta da imensa diversidade do continente africano e pela valorização da cultura de seus antepassados, o que desperta nela o orgulho de ser negra.