sábado, 2 de junho de 2012

Amo o que faço! Faço o que amo!


O amor e a educação deveriam andar de mãos dadas. Isso mesmo! O amor à profissão deve ser o primeiro passo para abraçar toda e qualquer profissão, em especial a de ser professor/professora. Pois lidar com pessoas diferentes e, muitas vezes sedentas de amor, carinho e atenção não é uma tarefa fácil.
Bem sabemos que o papel da escola é o de ensinar. E, ensinar muito bem. Contribuir com que o saber cotidiano vindo com a criança do seu dia a dia, para que com o encontro com o saber elaborado sistematicamente, seja apreendido de forma que a criança volte para sua casa com sua zona de desenvolvimento ampliada acerca do novo conteúdo que lhe foi apresentado.  
Mesmo com essa função delimitada legalmente, não podemos esquecer que lidamos com vidas. Lidamos com seres humanos. Sujeitos capazes de marcar a história. Portanto, como diz Wallon(1975) afetamos as pessoas que passam por nós. Este afeto pode ser tanto negativo quanto positivo, para tanto precisamos nos perceber enquanto mediadores de conhecimento sim, mais de uma forma agradável, apaixonante, que desperte no outro esse interesse acerca do novo.
Para Zagury (2006, p. 175):

[...] O que leva uma pessoa a ser professor? Afinal, é uma profissão com pouco status, péssimas condições de trabalho (especialmente na rede pública, mas não apenas); remuneração inqualificável, dificuldades e desafios crescentes e até riscos físicos. O que, então, mantém cerca de dois milhões de docentes nas salas de aula? Só pode ser, acredito, a convicção no poder da educação. Há, com certeza, um percentual que permanece porque não teve outras oportunidades, mas não creio que seja a maioria.

Observando essa citação, retirada do livro Professor Refém, percebemos que o amor à profissão pode nos manter crentes de que nossa tarefa oportuniza e, é capaz de mudar vidas e torná-nos cada vez mais responsáveis por cada criança que passa pelas nossas mãos. Pensando neste aspecto, devemos lembrar que o saber cientificamente acumulado pelos homens que deve ser transmitido pela escola, ganha uma nuance mais efetiva e afetiva a fizermos com amor.

REFERÊNCIAS:

WALLON, Henri. Psicologia e educação da infância. Lisboa: Estampa, 1975.
ZAGURY, Tânia. Professor refém. Rio de Janeiro: Record, 2006.

2 comentários:

  1. Algumas pessoas têm o poder de mudar a perspectiva de outras pessoas. E, não existe nenhum profissional que melhor represente o primeiro grupo do que o(a) Professor(a).
    Dias atrás uma aluna me procurou para pedir conselhos para a vida pós formatura. É nesse momento que vale a pena ser Professor, pelo menos pra mim, pois pude dizer algo que, acredito, ninguém mais dirá à ela. E, fiquei comovido com a alegria dela, quando fiz uma analogia do ciclismo.
    "Não tenha medo das subidas, você sofrerá um bocado, mas a vista do alto, na maioria das vezes será maravilhosa, principalmente quando olhar pra trás e ver o quanto você venceu!"
    Um grande beijo, Eliana!

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    1. Obrigada pelas palavras meu mais que amigo... Meu irmão de muitas vidas.

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