segunda-feira, 30 de junho de 2014



CADERNO NOVO

 

Uma vez eu estava conversando com amigos e a conversa chegou naquele estágio em que só há duas opções: ou ir para casa dormir ou cair na bobagem. Caímos na bobagem. Afinal é para isso que servem os amigos. Depois de nos propormos vários desafios do tipo “quem era que melhor gritava de pavor no cinema”, chegamos  a uma daquelas questões definitivas e definidoras. Qual é a melhor sensação do mundo? As respostas variaram, desde “banho quente” até “acordar cedo, começar a sair da cama e então lembrar que é feriado”, passando, claro, por outras menos publicáveis. Mas aí um amigo disse duas palavras que liquidaram a questão:

- Caderno novo.

Todos concordaram. Não foi preciso nem entrar em detalhe, dizer “a sensação de abrir um caderno novo, no primeiro dia da escola, e alisar com a ponta dos dedos a página vazia, sentindo o volume de todas as páginas vazias por trás dela, aquele mundo de coisas ainda não escritas... E o cheiro do caderno!” Não houve um que não concordasse que nenhuma sensação do mundo se igualava àquela.

           O caderno novo também nos provocava uma certa solenidade, lembra? Diante de sua limpeza, fazíamos um juramento silencioso que aquele ano seríamos alunos perfeitos. E realmente caprichávamos ao preencher o caderno novo com cuidado respeitoso. Pelo menos até a quarta ou quinta página, quando então voltávamos a ser os  mesmos relaxados do ano anterior. Mesmo porque aí o caderno não era mais novo.

(Luís Fernando Veríssimo)

domingo, 4 de agosto de 2013

Os seus, os meus, os nossos filhos



Falar de filho é algo que me deixa muito feliz. Em especial por ser mãe de dois filhos amados que muito me agradam e também por ajudar a muitos pais a educarem seus filhos, devido a minha profissão. Claro, que não posso aqui deixar de lembrar que o papel da escola é ensinar e muito bem o conhecimento elaborado e acumulado historicamente pelo homem. No entanto, sempre deixamos o lado humano falar mais alto e acabamos agindo como mães das crianças que passam pelas nossas mãos nas salas de aula dessa vida.
Mas confesso que mesmo estando “preparada” para educar, embora muitas vezes teoricamente, a adolescência ainda é um período que me assusta e muito. Isto porque a cada dia na sociedade do imediatismo que vivemos, criamos filhos também com desejos imediatos, vontades infindáveis e muitas vezes cruéis conosco e com eles mesmos.
Minha adolescência foi marcada por muito trabalho, pois iniciei minha labuta como babá aos 11 anos, talvez por isso meu encanto pelos pequenos. Não tive minhas vontades sanadas e nem por isso me revoltei ou deixei de amar meus pais. Naquele tempo havia muita criança de rua, hoje com os projetos existentes na cidade, como escola em tempo integral e cursos gratuitos, não vemos muitas crianças nas ruas. No entanto é surpreendente o número de crianças de shoppings. Isso mesmo “crianças de shopping”, que passam tardes vagando e se entupindo de lanches e fast foods, enquanto seus pais trabalham.
É um quadro preocupante e que nos faz refletir acerca do nosso papel enquanto pais e educadores, que acreditam numa sociedade melhor. Mais como pensar em uma sociedade melhor, se não estamos preparando homens e mulheres melhores para administrá-la?
Um exemplo deste despreparo para com a criação de nossas crianças é apresentado em uma pesquisa na qual a pastoral da criança, que sempre viu a desnutrição infantil crônica, entre crianças de zero a cinco anos, diminuir em 90% nos últimos 30 anos, agora luta contra a obesidade infantil. Segundo o estudo Saúde Brasil 2009 (Ministério da Saúde), as ações da Pastoral da Criança que, em 28 anos de atividades, contribuíram significativamente para a redução desses índices no país agora estão voltadas também à prevenção da obesidade infantil, problema que tem aumentado e preocupa as autoridades da área da saúde pública. Maus hábitos alimentares, estilos de vida e comportamento, como o sedentarismo fecham esse quadro.
Por isso fica aqui meu convite aos pais, para reverem seus papéis nesta tarefa árdua de educar. Tirem seus filhos dos computadores, televisores e os levem pra passear no parque, conversem mais, abracem mais, amem mais, sem cobrança, só com atitudes e façam valer a pena.

Atitudes sim, estas são os melhores exemplos.

domingo, 28 de julho de 2013

A criança que vive em você está acordada?


Quando perguntamos a um adulto o que é infância, todos são unânimes em dizer que foi a fase mais gostosa de suas vidas, momentos em que não havia horários, regras e que  a responsabilidade não pesava sobre os ombros. Será que nossas crianças hoje têm e/ou vivem essa infância retratada?
Brincávamos nas ruas, subíamos em árvores, banhos de chuva, palavras bobas não eram vistas como bullying. Marcamos nosso corpo com cicatrizes, tombos, riscos e rabiscos que ficaram inscritos em nossas vidas. Diferentes tempos e espaços. Concepções de mundo, de sociedade e de criança, que aos poucos tomam rumos diferenciados.
Frente a este cenário, é interessante observar que muitos adultos ainda mantém acordada a criança que um dia foi. São alegres, brincalhões e levam a vida de uma maneira contagiante, que todos os querem por perto. Estas pessoas cresceram sim! São responsáveis e mais que isso, sabem viver e alegrar a vida de quem os rodeia. 
MANTENHA SUA CRIANÇA ACORDADA!
Esperta, atenta, ávida em aprender, em questionar, em encontrar soluções simples para o que parece impossível.


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ano Novo: vou cuidar de mim!





Cuidar de mim


Virada de ano!
Esse ano vou ser egoísta! Vou cuidar mais de mim!
Vou ler mais e com qualidade.
Vou caminhar. Prometo!
 Comer os alimentos corretos e na medida correta.
Respirar com mais tranquilidade.
Viajar? Não gosto! Sou caseira, amo meu ninho, minha casa, minha família, meus bichos de estimação. Mas se preciso for, me sacrifico, ok?
Vou beber mais água, menos destilados.
Pensar mais positivamente.
Amar mais.
Sorrir mais.
Falar menos.
Ouvir mais.
Ah, manter meu blog atualizado...
Feliz ano novo!

domingo, 25 de novembro de 2012

I JORNADA DE ESTUDOS AFRO-INDÍGENA


EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
I JORNADA DE ESTUDOS AFRO-INDÍGENA
 
            DIAS: 26 a 30 de novembro de 2012
            Local: Avenida João Paulino, 275 – Salas de formação - Novo Centro - Maringá Paraná.
            Objetivo:
            Realizar a troca de experiências entre as Escolas e Centros da Rede Municipal de Maringá, a fim de efetivar as  Leis 10.639/03 e 11.645/08, ampliando o leque de conhecimento das unidades escolares no que tange as atribuições das Equipes Multidisciplinares, acerca da cultura afro e indígena;
Desenvolvimento:
            A I JORNADA DE ESTUDOS AFRO-INDÍGENA, pretende discutir temas relevantes na sociedade atual,  abordando e implementando, em caráter obrigatório, as Leis 10.639/03 e 11.645/08, sendo parte integrante da proposta curricular da Educação Infantil, Ensino Fundamental do 1o. ao 5o. Ano e EJA-Educação de Jovens e Adultos. Esse também será o momento de troca de experiências entre as Unidades de Ensino, que subsidiará e sustentará as discussões acerca da efetivação da Equipe Multidisciplinar nas unidades de ensino, atendendo assim RESOLUÇÃO N°. 3399 / 2010 – GS/SEED, que consta na Proposta Político Pedagógica (PPP), no item 10, que diz:
“Considerando o expresso na Del. 04/2006, expor o trabalho realizado com a História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena, bem como das Relações Etnicorraciais, além de compor a Equipe Multidisciplinar nas Instituições de Ensino (no PPP deve aparecer como está estruturada esta equipe e como foi o processo de sua escolha, além do desenvolvimento do trabalho realizado por ela)”.
         Frisamos que os trabalhos acontecerão no formato de oficinas e relatos com trocas de experiências, envolvendo os profissionais da educação. Destacamos que esta é a primeira vez que a rede faz um trabalho nestes moldes, pois os mesmos já aconteciam nas unidades escolares, porém sua divulgação acontecia apenas com a comunidade escolar a qual a instituição pertence. Paralelamente durante esse mês e se estendendo ao mês de dezembro, estão acontecendo exposição itinerante de quadros e fotografias afro-indígena, bem como oficinas diversas oferecidas pela APIR – Assessoria e Promoção da Igualdade Racial em várias escolas municipais.
Qualquer dúvida acerca da programação pode ser esclarecida com:
1.                  Eliana Moreira Amaral – ramal 6913 – 9982 6639 / SEDUC
2.                  Sandra Brendolan – ramal 6917 – 9703 8816 / SEDUC
3.                  Professor Ademir – ramal 2244 – 8815 7359 / APIR


Atenciosamente,
Eliana e Sandra