domingo, 19 de fevereiro de 2012

Formação continuada: A matemática em foco

Como todos meus amigos e amigas sabem sou formadora de professores, e, como todo professor/professora procuro na formação continuada e permanente me manter atualizada, para também contribuir para com a formação dos professores/professoras que atendo. Hoje apresento um texto que escrevi depois de um ano de estudos e trabalho junto às professoras da rede municipal de educação.
A matemática em foco
O conhecimento matemático é construído pelas crianças através de relações delas com o meio e com as pessoas com as quais convive. Segundo estudos sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança, mostram que desde o nascimento, as crianças pertencem a um contexto social no qual a contagem, as relações entre quantidade, noções espaciais, entre outras situações problema, são propiciadas às crianças constantemente.
Essa interação e o conhecimento matemático se efetiva de fato na escola quando a professora, o professor, comenta, formula perguntas, desafia, provoca e incentiva a oralidade e a tentativa de registro da criança. Essas atitudes permitem que a criança faça descobertas, faça relações, organize seus pensamentos e ideias, argumente, localize-se e situe-se no espaço em que se insere, além de possibilitar que ela formule, expresse e comunique procedimentos de resolução de problemas.
Neste sentido, o trabalho com o ensino da matemática investigativa, faz com que a criança compreenda melhor o mundo em que vive e perceba a utilidade da matemática em seu cotidiano.
Na realização deste trabalho, dois aspectos devem ser levados em conta: as atividades lúdicas (jogos e brincadeiras) e a resolução de problemas. A ideia de que o conhecimento matemático se desenvolve com atividades lúdicas é correta. No entanto, isso só ocorre quando há intencionalidade educativa que propicie à criança algum conhecimento matemático. Dessa forma, é necessário que haja um planejamento para que os objetivos traçados sejam atingidos.
No que se refere à resolução de problemas, as situações devem ser contextualizadas e planejadas, a fim de possibilitar o uso do conhecimento prévio da criança e de diferentes estratégias, formas de representação, uso de registro, seja em forma de desenhos, tentativas de escrita ou pela oralidade. Estas maneiras contribuem na busca e na produção de novos conhecimentos.
Aqui o papel do professor, como mediador dessa aprendizagem, é de suma importância para incentivar a criança a utilizar formar mais significativa, proporcionando momentos de elaboração e sistematização do conhecimento apresentado.
Para o desenvolvimento do trabalho da matemática o professor/professora precisa compreender que ao se trabalhar a matemática deve ter em mente os 4 eixos da matemática, que devem ser dominados por ele/ela:
* números, operações e álgebra;
* grandezas e medidas;
* espaço e forma;
* tratamento da informação.
Estude-os!
Experiências matemáticas de quantidade, medição do tempo e do espaço, entre outras situações devem fazer parte do dia a dia da criança, logo é necessário que elas sejam exploradas pelo educador.
Valorize-as!
As crianças devem ser formadas para compreender os conceitos apresentados, de forma prazeiros e concreta.
Certifique-se disso!
Situações concretas possibilitam que as crianças se apropriem do que está sendo trabalhado.
Medie e compreenda!
Compreenda que a função social do número dentro do contexto em que vivem para o trabalho com conceitos matemáticos.
Um ambiente matematizador, deve ser criado com a turma, para estimular de forma intencional, funcional e significativa. As crianças devem participar de discussões orais do levantamento de hipóteses. Neste sentido é necessário que o professor/professora faça da resolução de problemas um trabalho coletivo.  
Por isso assuma o papel de escriba.Registre!
A capacidade e a habilidade deve resolver problemas se desenvolve ao longo do tempo, como resultado de um ensino prolongado;
Oportunize situações!
As atividades matemáticas devem acontecer por meio da mediação, de forma lúdica e gradativa até serem compreendidas e apreendidas pelas crianças para que elas cheguem ao registro convencional dos conteúdos trabalhados.
Pensando nestas possibilidades de aprendizado da matemática a formação e atualização do professor/professora deve acontecer, pois a contextualização da matemática propicia a criança sentir prazer por esta disciplina.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A Educação precisa de professores leitores

Hoje na palestra de abertura do ano letivo da rede municipal de Educação de Maringá, tivemos a grata presença da professora Regina Shudo, que sem dúvidas nos brindou com seu conhecimento e desenvoltura ao proferir sua fala acerca dos rumos da educação básica.
É interessante destacar que Regina Shudo iniciou sua discussão questionando aos participantes sobre seus sonhos, se estes tinham ou não sonhos. Já que como professores trabalham com crianças que podem e devem sonhar. Portanto, sonhar com um país com uma educação que se iguale a países de primeiro mundo é preciso em primeiro lugar, segundo Regina Shudo, investir maciçamente na Educação Infantil, estimular os pequenos em suas capacidades superiores como memória, concentração, atenção, para que ao chegarem no Ensino Fundamental tenham sua estrutura lógica pronta, para que a aprendizagem ali também aconteça de forma tranquila.
A formação dos professores deve ser prioridade para o bom atendimento nas escolas, para Shudo. Nesta perspectiva, formação continuada e formação em serviço devem ser busca dos empregadores e dos empregados, que também devem buscar sempre estar aperfeiçoando seu conhecimento, com cursos, leituras, filmes, entre outros.
Outro ponto levantado pela palestrante, foi o de que precisamos de mais leitura. Isso mesmo. Precisamos. Eu, você, alunos, diretores, todos. Nosso país não é um país leitor. Nosso professor/professora também não lê. Pesquisas apontam esses dados, e, nos deixa mais desanimados quando percebemos que perdemos mais horas com televisão e computadores do que com um livro.
Ainda sobre esse tópico, quero destacar uma fala da professora Regina Shudo, que não foi feita hoje, mais que ela nos apresentou em uma discussão em Londrina no ano passado, onde o Instituto Pro livro aponta que os maiores influenciadores da leitura em uma criança são:
1º lugar: A mãe;
2º lugar: A professora;
3º lugar: O pai;
4º lugar: outros...
Observando esse pesquisa percebemos o quanto é importante o papel da família e da escola nesta empreitada.
E, por falar em família, este é outro ponto que Regina Shudo destaca importante para o bom rumo da Educação básica.
Frente a este cenário traçado por Shudo vale frisar que uma Educação Básica de qualidade deve primar por: 
* Investimentos na Educação Infantil;
* Formação de professores;
* Projetos de leitura;
* Trabalho com a família.
Então vamos lá....
Bom ano letivo a todos e a todas...